
A falta de informação é uma das grandes barreiras quando falamos de inclusão. No caso da surdez, um dos principais mitos é que todo surdo também é mudo e se comunica pela Libras. Existem muitos tipos de deficiência auditiva, e que a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como segundo idioma oficial do Brasil, mas ela não é a solução para todos os surdos.
Uma pessoa surda tem limitações maiores que de uma pessoa com deficiência auditiva, pois a surdez faz com que as pessoas não consigam ouvir som algum, enquanto a deficiência compromete uma parte da audição.
De acordo com o IBGE, em 2010, existiam no Brasil, 9,7 milhões de pessoas com alguma deficiência auditiva e 2 milhões de brasileiros surdos. E entre a comunidade surda, existem 3 grupos: os surdos implantados, os surdos oralizados e os surdos sinalizados.
Os surdos implantados são aqueles que usam o implante coclear – dispositivo eletrônico que é parcialmente fixado no ouvido – para proporcionar a quem tem surdez uma audição próxima daquela que é considerada normal. O implante costuma ter quase 100% de eficácia em crianças e jovens, mas conforme a idade vai aumentando, as chances de recuperar a audição por completo diminuem.
Surdos sinalizados x surdos oralizados
Os surdos sinalizados são aquelas que conversam por meio de gestos. Têm como a primeira língua, a Libras, pois não são capazes de entender a língua portuguesa. São conhecidos como surdos-mudos – denominação pejorativa, por favor, não usem.
Os surdos oralizados são capazes de realizar leitura labial para compreender o que está sendo dito, conseguem se expressar verbalmente e compreendem a língua portuguesa. Também se encaixam nessa categoria pessoas que se tornaram surdas por conta de algum acidente ou doença.